segunda-feira, 10 de maio de 2010

Vacas! Onde?

Isso mesmo. Hoje escrevo sobre VACAS!

Li recentemente um livro com o título “A Vaca”, o qual me fez reflectir bastante.

Nesse livro conta-se a história de uma família:
Pai, Mãe, quatro filhos e dois avós viviam numa casa muito pequena, muito suja. Cada um deles usava roupas velhas e estava coberto de sujidade e adoptavam um atitude de miserabilidade total. No meio daquela penúria, a família possuia UMA VACA. Toda a sua vida era centrada na vaca:
Já deste comida à vaca...?”, “Já deste água à vaca?”, “É preciso ordenhar a vaca...”
A vaca mal produzia o leite suficiente para sobreviver, mas era o mais que tudo daquela família. Certo dia, e sem a família saber dois visitantes, MATARAM A VACA!
Passado um ano deste acontecimento, os visitantes regressaram e nem acreditavam no que viam: A casa pequena dera lugar a uma casa grande e a família vestia agora roupas novas e limpas e ostentavam um sorriso orgulhoso.
Perante a morte da vaca e após a angústia inicial, a família procurou outra fonte de alimento e improvisou uma horta, na qual produziam mais do que o suficiente para se alimentarem, passando a certa altura a vender o excedente no mercado global.
A morte trágica da VACA abriu portas a uma nova vida!

A VACA simboliza as desculpas e as atitudes limitadoras que temos para connosco próprios e que facilmente partilhamos com quem nos rodeia, pois é socialmente correcto. Um exemplo?
Burro velho não aprende línguas” - esta é a desculpa que usamos quando não estamos dispostos a aprender algo novo ou melhor quando temos medo de não conseguir aprender!

A grande questão é que todos temos algumas vacas, com as quais julgamos viver pacificamente. Queixamo-nos de que as coisas não estão bem, mas avaliando bem, até nem se pode pedir mais. O que isto origina é que vamos parar a uma vida de conformidade e mediocridade. Vamos sobrevivendo como a família da história, porque o que temos até nos parece suficiente.

As duas forças de maior motivação na nossa vida são o desejo de triunfar e o medo de fracassar. Uma leva ao sucesso e realização, a outra à mediocridade.


À semelhança do que acontece connosco seres individuais, acontece ainda mais nas organizações, pois se cada um de nós tem VACAS, cada organização terá o somatório das VACAS individuais e a organização como um todo tem uma VACA adicional resultante do enquadramento económico, cultural e afins e se formos a ver temos uma enorme MANADA de VACAS que não produzem leite!



Assim concluo, dizendo que é importante saber quais são as VACAS... as nossas e as da organização e ser pro-activo face às mudanças para alcançar o sucesso, pois a resistência à mudança ou seja alimentar a VACA só nos conduz à mediocridade! E isso podem ter a certeza ninguém quer...

Baseado no livro: “A Vaca” do Dr Camilo Cruz da Gestão Plus edições.


2 comentários:

  1. É um excelente livro que de uma forma muito simples e despretensiosa nos põe a identificar as "vacas" que carregamos às costas, muitas vezes por uma vida inteira. Muito interessante é também identificar aquelas vacas na nossa vida, disfarçadas de belos e inofensivos bezerrinhos, como o simpático bichinho da primeira foto que colocaste. Essas requerem algum treino e aprofundamento de consciência para identificar... Mas é um exercício muito libertador com o poder de nos abrir portas importantes para a mudança necessária, que é como quem diz, perseguirmos o nosso saboroso queijo por esses labirintos da vida! Beijos!

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  2. Muito bem, gosto de ver assim inspirada e a inspirar. Esta alegoria é mito interessante e faz-me pensar nas "manadas" que deixei para trás. Vou continuar a pensar assim, parece que há sempre uma vaca na nossa vida! Mas elas estão lá para nos mostrar qualquer coisa... maganas!

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