segunda-feira, 31 de maio de 2010

O Gestor como Coach

Muito se tem falado de Coaching...se bem que poucos sabem o que efectivamente é!

Em contexto organizacional (e em qualquer outro), o coaching consiste num processo assistido de descoberta do potencial existente em cada um de nós, por forma a maximizá-lo. É o coach que facilita essa descoberta e essa maximização.

Na nossa cultura, estamos muito habituados a que nos digam o que devemos ou não fazer. É curioso que há quem se admire que em consequência disso, as pessoas não tenham pro-actividade, espírito de iniciativa e não se desenvolvam, no sentido de se tornarem excelentes. Pois é, quando não somos co-responsáveis por aquilo que fazemos, não tomamos consciência de nós e das situações que nos rodeiam e obviamente que não temos a sensatez de actuar, quando isso é o esperado.

Não nos podemos esquecer que desde que somos crianças nos dizem o que devemos fazer e sobretudo o que NÃO FAZER! acabamos por viver com medo de errar, pois é suposto todos sermos super-homens e super-mulheres, sermos os melhores em tudo...

No outro dia conversava com um colega, que me dizia que apostava em pessoas que de facto assumem os seus erros, pois são estas as pessoas que se desenvolvem, aprendem com cada experiência e procuram a melhor versão de si próprios...

A parte interessante vem agora...

E se fosse o gestor a desenvolver as suas equipas e as suas pessoas?
Impossível?! muitos dirão que sim....outros há que defendem esta ideia. Pessoalmente incluo-me nestes últimos.

De facto, o gestor está numa posição privilegiada em que pode envolver a pessoa em cada processo de tomada de decisão, fazendo um investimento inicial considerável, é certo, mas que dará os seus frutos mais adiante, garantindo maior autonomia e até mesmo, em certos casos, algum empreendorismo.

Actos tão simples, como pedir a um colaborador que se coloque no seu lugar e questioná-lo de que forma resolveria determinada situação, pode revelar-se verdadeiramente frutuoso!
Claro que não é realista ter uma atitude de Coach a toda a hora, pois as pressões de tempo, obrigam muitas vezes a tomadas de decisão rápidas e nessa situação o método mais conservador deverá prevalecer.

Eu defendo, que devemos escolher certos momentos e fazer um trabalho mediante cada pessoa. Pois todos somos diferentes e não há receitas! Lidar com o lado humano de cada um e procurar dentro de nós e dos outros as verdadeiras motivações, pode ser um bom início.

Nada como experimentar e retirar as nossas próprias ilações e já agora, se cometermos erros, aproveitármos e aprender algo com isso...




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