sábado, 5 de janeiro de 2013

O labirinto das relações!

Finalizei há dias a leitura do novo livro do Daniel Sampaio - "Labirinto de mágoas". Fala sobre as principais situações discutidas nas terapias de casal e fornece algumas recomendações para lidar com estas e conseguir uma mudança construtiva dentro do casal ou prevenir essas situações.  Este livro é realmente interessante e como não podia deixar de ser mostra-nos que acima de tudo precisamos é de tomar consciência de nós próprios e dos nossos padrões de comportamento em vez de culpabilizar o outro no qual muitas vezes projetamos situações passadas não ultrapassadas.
Saliento com especial relevância as 10 recomendações que o Daniel faz no final do livro, sendo que partilho aqui algumas delas:
1) Comece por se escutar a si próprio - procure algum tempo mesmo livre só para si e aprenda a conhecer-se
2) Regresse, por momentos à sua familia de origem - verifique os seus padrões afetivos e o tipo de linguagem que usa e construa uma nova linguagem com o seu conjuge
3) Procure melhorar a sua comunicação conjugal - respeite o outro
4) Esteja atento aos padrões destrutivos da sua comunicação conjugal - Evite a escalada, o afastamento e a criticismo.
5) Compreenda que não é possível resolver tudo, nem chegar a acordo sobre todos os temas
10) A confiança é uma palavra sempre presente numa relação duradoura satisfatória - comece por confiar em si próprio!


O maior casamento que todos temos é connosco próprios. Se conseguirmos gerir essa relação de forma equilibrada, com os outros também o faremos. Para isso é essencial o nosso auto-conhecimento e o conhecimento das nossas origens. Há que ter a coragem de o fazer e estarmos dispostos a descobrir quem somos e se queremos e como queremos mudar.

domingo, 31 de julho de 2011

Os amigos não o são por acaso

As pessoas não são nossas amigas por acaso! Geralmente há um bom motivo para isso acontecer.
Aquela sensação de o nosso amigo estar a descrever algo como uma situação, um sentimento e nós pensármos: é incrível eu própria não o diria de outra forma. A capacidade de conjuntamente fazermos uma reflexão e cada um tirar as conclusões que são mais adequadas para si e sentir-se bem consigo, não tem preço. No meio disto tudo, se ainda houver umas gargalhadas genuínas e sentido de humor, tem-se a receita perfeita para momentos de crescimento, bem-estar e gratidão para com a vida.
Para que isto aconteça são precisos dois pré-ingredientes: a vontade genuína de estar connosco e com o outro e a capacidade de olhármos para dentro de nós e expormo-nos e até rirmo-nos de nós próprios...só assim conseguiremos evoluir e desfrutar do melhor. Como alguém disse, não há bela sem senão...sem passar por desconfortos, não se chega à plenitude a ao disfrute de cada momento....



domingo, 10 de julho de 2011

Desafio a sério?

A navegar no blog de uma boa amiga, apercebi-me de algo muito interessante...
Por muito que conheçamos muito bem alguém, conhecemos sempre um recanto novo através da sua escrita.
Por isso resolvi blogar hoje depois de 7 meses de ausência do meu próprio blog.
Afinal se o acto da escrita é libertador, não precisa de ser tão preparado e por isso tão ausente...
Afinal é preferível escrever alguma coisa, do que ficar eternamente a pensar, a preparar e a não publicar...onde está a libertação disso.
Assim o meu novo desafio é escrever ao sabor do pensamento!

domingo, 7 de novembro de 2010

Coaching! Afinal o que é isso?


O coaching está na moda! 
Por tudo e por nada se refere o coaching como metodologia de abordagem e de garantia de resultados.
Mas será que todos sabemos do que se trata?

É precisamente sobre isso que hoje escrevo, numa tentativa de esclarecer, informar ou até abrir o apetite para uma sessão...

Em que consiste o coaching?
O coaching é acima de tudo um processo de facilitação de mudança pessoal. Ou seja, caso se pretenda alcançar determinadas metas que à partida até poderão parecer impossíveis ou perseguir aquele sonho que temos no nosso intímo ou simplesmente descobrir o nosso propósito de vida, o coaching é sem dúvida um processo que nos facilitará alcançar tudo isso! desafiamo-nos a nós próprios, saímos da nossa zona de conforto e sentimo-nos mais realizados, plenos, satisfeitos connosco próprios e permite por consequência melhorar as nossas relações com quem nos rodeia. Este processo pode ser aplicado em qualquer âmbito das nossas vidas - desenvolvimento pessoal, profissão, vida familiar....o que quiserem...

Quem pode ser cliente de coaching?
As pessoas que estejam abertas à mudança, que queiram ultrapassar medos que criam obstáculos ao seu progresso, que sejam saudáveis mentalmente e que pretendam alcançar a excelência enquanto seres que são.



Como funciona o processo?
O processo de coaching é constituído por um conjunto de sessões cujo número é determinado atendendo à mudança global que a pessoa pretende encetar na sua vida. Antes de se avançar com um processo a médio, longo prazo, recomendo a realização de uma sessão experimental por forma a que se crie familiaridade com o processo, podendo ter uma duração compreendida entre 1 hora a 1 hora e meia.
Para que se possa realizar uma sessão de coaching, é necessário que o cliente, estabeleça um tema de sessão em relação ao qual define um objectivo que quer atingir.
Por exemplo: "Tenho sentido imensas dificuldades em gerir o meu tempo e acabo por não concretizar o que planeio e não faço coisas que são importantes para mim. Quero definir uma forma mais eficaz de gestão de tempo". 
Outro exemplo: "Tenho uma cadela hiperactiva que não sabe socializar com outros cães e quero arranjar estratégias que me permitam controlar esses acontecimentos".
Outro exemplo: Quero perder peso e não consigo. Quero descobrir uma forma de o fazer que seja confortável para mim e que não me obrigue a sacrifícios enormes".

Depois de estabelecido o objectivo que deve ser da pessoa e não de terceiros, é iniciado um processo de reflexão por forma a que a pessoa descubra o que o tema em causa representa para si e ganhe a percepção de algo que nunca antes se tenha apercebido. Esta etapa, melhora o nosso auto-conhecimento e destroi crenças negativas e obstáculos internos que muitas vezes temos e nem sabemos disso.

Após a reflexão a pessoa é convidada a delinear o seu plano de acção e medido o seu grau de comprometimento com o seu cumprimento. Caso esse grau de compromisso seja baixo, identificam-se os possíveis obstáculos e de que forma se poderá trabalhar com eles.
Espera-se que após a sessão a pessoa entre em acção e colha os frutos desse trabalho, podendo o coach dar acompanhamento entre sessões.

Notas importantes:
Tudo o que é falado na sessão é confidencial. Caso a pessoa a meio da sessão, não se sinta confortável pode parar a sessão. Acima de tudo é um espaço dedicado à pessoa em que esta o pode usar como entender.

Regras:
Nada de telemóveis ou interrupções. Nada pode interferir no processo durante o tempo da sessão.

Conduta do coach:
Varia consoante a escola do Coach. No caso da ISPC - International School of Professional Coaching, não é suposto o coach dar sugestões, responder a questões ou influenciar de alguma forma. O cliente tem todos os recursos de que necessita dentro de si e pretende-se a sua descoberta a cada sessão.

Formas de coaching:
Pode ser presencial ou efectuado via skype ou telefone. É incrível o resultado de uma sessão via telefone, pois o cliente fica mais concentrado na sua reflexão e tem menos distracções.

Abri o apetite para uma sessão?
Caso alguém pretenda experimentar, estou a aceitar marcações para uma sessão experimental até 23 de Dezembro.
É uma oportunidade única!!!!!!!!!!!!


Imagens retiradas de:
www.alecgrimsley.co.uk


terça-feira, 8 de junho de 2010

Eu nem gosto de queijo! - Parte 1

Provavelmente já ouvir falar da parábola escrita por Spencer Johnson: "Quem mexeu no meu queijo?"...
É precisamente sobre essa parábola que hoje reflicto....

Nesta parábola, dois ratinhos, o Correria e o Fungadela e dois pequenos humanos, Gaguinho e Pígarro, viviam num labirinto, onde procuravam diariamente o Seu Queijo!



Certo dia, cada um deles, descobre o seu Queijo, na estação Q. A partir desse dia, os dois ratinhos, corriam de casa até à estação Q, davam umas voltas de reconhecimento e depois colocavam os ténis ao pescoço e deliciavam-se com o queijo. 
Os dois humanos, não tardaram a criar as suas rotinas e a adaptar toda as suas vidas em torno da estação Q, felizes da vida por terem queijo em abundância.


A determinada altura, os dois ratinhos, chegaram à estação Q e....não havia Queijo!

Não se mostraram surpresos, pois já se tinham apercebido que a quantidade de queijo, ia diminuindo com o tempo. Assim, voltaram a calçar os ténis e partiram rapidamente em busca de um Novo Queijo. O Fungadela sentia o cheiro da existência de queijo e o Correria, corria até ao local, para ver se de facto encontrava queijo.

Entretanto, os humanos, quando chegaram à estação, nem queriam acreditar. O queijo desaparecera! como fora isso possível? porquê? Quem mexera no seu queijo? 

Com o passar dos dias, a situação mantinha-se inalterada e Gaguinho começou a sentir vontade de ir procurar Novo Queijo, mas sentia medo: do desconhecido, de não conseguir encontrar queijo, de partir sozinho e deixar o seu amigo na estação Q...

Pígarro limitou-se a sentir pena de si próprio e a arranjar alguém para culpar ,e simplesmente não aceitou esta nova realidade e resolveu ficar-se por ali, em lamúrias...
Gaguinho, continuava a sentir que de alguma forma deveria reagir e, certo dia, arriscou e partiu em busca do Novo Queijo!

Durante a sua jornada, foi enfrentando os seus medos, encontrando pequenos pedaços de queijo que o alimentavam e lhe davam energia para continuar o seu caminho. Começou a sentir-se revigorado, por estar em movimento à procura do seu Queijo, à procura de algo que verdadeiramente desejava. Apercebeu-se também do quanto estava a aprender sobre si próprio, nesta aventura de busca e foi até capaz de se rir de si próprio ao lembrar-se das suas reacções no tempo que esteve na estação Q, sem queijo.
Até que..... encontrou um Novo Queijo!
Já poderia ter encontrado este queijo, há muito mais tempo, não fossem os medos que o estavam a prender à anterior situação. Gaguinho, percebeu quão longe tinha chegado desde que deixara Pígarro e de como teria sido fácil ter dado um passo em falso, se tivesse optado pelo conformismo.
De agora em diante, iria fazer tudo o que estivesse ao seu alcance para evitar ser surpreendido pelas mudanças...


Os dois ratinhos já há muito que tinham encontrado o Novo Queijo.
Pígarro...bem, acho que ainda está na estação Q!


Perante esta deliciosa parábola, várias questões logo se me colocam?
- Com qual das personagens me identifico?
- Com que personagens associo as pessoas com quem trabalho?
- Qual é o meu queijo? quais os medos que me impedem que o encontrar?

Quem diria que uma história que roda à volta de queijo, me iria despertar tanta reflexão? e logo a mim, que nem gosto de queijo!

 E por ai? já têm resposta a estas questões?





segunda-feira, 31 de maio de 2010

O Gestor como Coach

Muito se tem falado de Coaching...se bem que poucos sabem o que efectivamente é!

Em contexto organizacional (e em qualquer outro), o coaching consiste num processo assistido de descoberta do potencial existente em cada um de nós, por forma a maximizá-lo. É o coach que facilita essa descoberta e essa maximização.

Na nossa cultura, estamos muito habituados a que nos digam o que devemos ou não fazer. É curioso que há quem se admire que em consequência disso, as pessoas não tenham pro-actividade, espírito de iniciativa e não se desenvolvam, no sentido de se tornarem excelentes. Pois é, quando não somos co-responsáveis por aquilo que fazemos, não tomamos consciência de nós e das situações que nos rodeiam e obviamente que não temos a sensatez de actuar, quando isso é o esperado.

Não nos podemos esquecer que desde que somos crianças nos dizem o que devemos fazer e sobretudo o que NÃO FAZER! acabamos por viver com medo de errar, pois é suposto todos sermos super-homens e super-mulheres, sermos os melhores em tudo...

No outro dia conversava com um colega, que me dizia que apostava em pessoas que de facto assumem os seus erros, pois são estas as pessoas que se desenvolvem, aprendem com cada experiência e procuram a melhor versão de si próprios...

A parte interessante vem agora...

E se fosse o gestor a desenvolver as suas equipas e as suas pessoas?
Impossível?! muitos dirão que sim....outros há que defendem esta ideia. Pessoalmente incluo-me nestes últimos.

De facto, o gestor está numa posição privilegiada em que pode envolver a pessoa em cada processo de tomada de decisão, fazendo um investimento inicial considerável, é certo, mas que dará os seus frutos mais adiante, garantindo maior autonomia e até mesmo, em certos casos, algum empreendorismo.

Actos tão simples, como pedir a um colaborador que se coloque no seu lugar e questioná-lo de que forma resolveria determinada situação, pode revelar-se verdadeiramente frutuoso!
Claro que não é realista ter uma atitude de Coach a toda a hora, pois as pressões de tempo, obrigam muitas vezes a tomadas de decisão rápidas e nessa situação o método mais conservador deverá prevalecer.

Eu defendo, que devemos escolher certos momentos e fazer um trabalho mediante cada pessoa. Pois todos somos diferentes e não há receitas! Lidar com o lado humano de cada um e procurar dentro de nós e dos outros as verdadeiras motivações, pode ser um bom início.

Nada como experimentar e retirar as nossas próprias ilações e já agora, se cometermos erros, aproveitármos e aprender algo com isso...




segunda-feira, 10 de maio de 2010

Vacas! Onde?

Isso mesmo. Hoje escrevo sobre VACAS!

Li recentemente um livro com o título “A Vaca”, o qual me fez reflectir bastante.

Nesse livro conta-se a história de uma família:
Pai, Mãe, quatro filhos e dois avós viviam numa casa muito pequena, muito suja. Cada um deles usava roupas velhas e estava coberto de sujidade e adoptavam um atitude de miserabilidade total. No meio daquela penúria, a família possuia UMA VACA. Toda a sua vida era centrada na vaca:
Já deste comida à vaca...?”, “Já deste água à vaca?”, “É preciso ordenhar a vaca...”
A vaca mal produzia o leite suficiente para sobreviver, mas era o mais que tudo daquela família. Certo dia, e sem a família saber dois visitantes, MATARAM A VACA!
Passado um ano deste acontecimento, os visitantes regressaram e nem acreditavam no que viam: A casa pequena dera lugar a uma casa grande e a família vestia agora roupas novas e limpas e ostentavam um sorriso orgulhoso.
Perante a morte da vaca e após a angústia inicial, a família procurou outra fonte de alimento e improvisou uma horta, na qual produziam mais do que o suficiente para se alimentarem, passando a certa altura a vender o excedente no mercado global.
A morte trágica da VACA abriu portas a uma nova vida!

A VACA simboliza as desculpas e as atitudes limitadoras que temos para connosco próprios e que facilmente partilhamos com quem nos rodeia, pois é socialmente correcto. Um exemplo?
Burro velho não aprende línguas” - esta é a desculpa que usamos quando não estamos dispostos a aprender algo novo ou melhor quando temos medo de não conseguir aprender!

A grande questão é que todos temos algumas vacas, com as quais julgamos viver pacificamente. Queixamo-nos de que as coisas não estão bem, mas avaliando bem, até nem se pode pedir mais. O que isto origina é que vamos parar a uma vida de conformidade e mediocridade. Vamos sobrevivendo como a família da história, porque o que temos até nos parece suficiente.

As duas forças de maior motivação na nossa vida são o desejo de triunfar e o medo de fracassar. Uma leva ao sucesso e realização, a outra à mediocridade.


À semelhança do que acontece connosco seres individuais, acontece ainda mais nas organizações, pois se cada um de nós tem VACAS, cada organização terá o somatório das VACAS individuais e a organização como um todo tem uma VACA adicional resultante do enquadramento económico, cultural e afins e se formos a ver temos uma enorme MANADA de VACAS que não produzem leite!



Assim concluo, dizendo que é importante saber quais são as VACAS... as nossas e as da organização e ser pro-activo face às mudanças para alcançar o sucesso, pois a resistência à mudança ou seja alimentar a VACA só nos conduz à mediocridade! E isso podem ter a certeza ninguém quer...

Baseado no livro: “A Vaca” do Dr Camilo Cruz da Gestão Plus edições.